Lígia, 24 anos. A pior hora é quando eu lembro que tenho que entrar aqui e atualizar esse número mais uma vez.

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- Consegui um estágio novo. Quero sair.- Você fica...

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Ela mente, ela não ouve as pessoas, ela é egoísta....

Saiu de casa. Não se arrumou além do normal, mas s...

Apenas duas coisas têm me dado algum prazer nestas...

Quando o inverno está lá, lá longe, é fácil achar ...

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*domingo, 21 de janeiro de 2007

Aquele tal de Cícero não-sei-das-quantas, que pode estar na cratera no Metrô era conhecido meu e dos meus pais. Era uma figurinha fácil da Alfonso Bovero e região, na Pompéia. Eu morei perto, na rua Caraibas, até os 12 anos. Hoje eu estava conversando com a minha mãe sobre ele, e começamos a lembrar coisas de quando morávamos por lá. Daí a gente percebeu o tanto de coisa que mudou de lá pra cá...

Eu ainda sou do tempo em que se comprava leite em saquinho e escolhia se queria A, B ou C. Lembro que uma vez eu fui comprar um saquinho para a minha mãe e derrubei todo no chão da sala. Lembro também que, na época que meu pai estava desempregado, a gente só comprava leite C. Eu ainda sou do tempo em que se ouvia disco de vinil. Eu tinha vários discos e existia uns que eram coloridos, e também uns que eram menores. Mas o meu pai nunca deixava eu mexer na vitrola para nãoe estragar a agulha. Eu era do tempo em que os ônibus de São Paulo eram marrons (marrons?) e a gente subia por trás e descia pela frente. Isso foi um pouco antes da estação Ponte Pequena do Metrô virar Armênia.

Eu sou do tempo em que Aids era novidade, e se discutia na televisão o uso da camisinha. Um cara perguntava para o outro nas mesas redondas "você usa camisinha?", e eu ficava imaginando o que podia ser aquilo. Uma camiseta pequena? Eu era do tempo que era chique ter interfone, e quando eu chegava da escola gritava: "Mãããããe, joga a chave!". Neste tempo ter telefone também era tão fácil quanto hoje. A gente não tinha. A minha avó tinha, e era daqueles em que a gente tinha que discar. Eu adorava discar o 9 e ver o disco voltar.

Eu sou do tempo que televisão não tinha controle remoto, e para mudar de canal a gente tinha que rodar um botão. As televisões também tinham uma portinha, que abria pra regular várias coisas, como a sintonia fina. E não tinha cento e tantos canais que nem hoje, tinha só 13. E os canais não eram 24 horas. Eu acodava e ficava olhando para as listinhas coloridas e o reloginho no canto da tela até começar o Telecurso 2000. Na minha época ainda tinha Manchete e o slogan do SBT ainda era "quem procura acha aqui". Eu sou do tempo em que pasta de dente vinha em tubinho de metal e o Airton Senna ainda ganhava corrida de Fórmula Um.

Eu sou do tempo em que as compras do supermercado vinham em sacolas de papel, e tinha vários tamanhos pra escolher. Sou do tempo também que, quando não dava tempo de ir do mercado, a gente preciava só de alguma coisinha ou precisava "marcar", a gente ia no seu Zé, seu Antônio. Lá, o arroz, o feijão e a farinha ficavam expostos, a gente pegava com uma canequinha e pesava. Neste tempo, a gente votava em papelzinho. Mas eu ainda não tinha idade, então eu só marcava o xizinho pra a minha mãe (quando dava tempo, eu ia correndo pra a outra sala e marcava para o meu pai também). Até a quinta série eu fazia meus trabalhos e textos na máquina de escrever. Eu fazia jornaizinhos em casa também, com matérias como "cesto de lixo da cozinha pega fogo com palito de fósforo".


por Amelie às 21:20 | 22 comentários

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