Lígia, 24 anos. A pior hora é quando eu lembro que tenho que entrar aqui e atualizar esse número mais uma vez.

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Isshou

Carolina Villenflusser

Manual do Cafajeste

Te Dou Um Dado

 

O saco de ir embora é que tudo é pela última vez.S...

Da série coisas que eu comprei sem precisar com di...

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*terça-feira, 27 de março de 2007

Diante da pergunta, umas riem nervosas, outras ficam com as maçãs do rosto corado. Mas, depois que uma começam a falar... as outras desembestam. Mas, afinal, para quem você daria?

(Todas as respostas são verídicas. Algumas, não por acaso, são minhas mesmo.)

- Ah, eu não sei se eu daria para o George Clooney! Ah, se bem que, se ele estivesse ali, na minha frente, eu não ia perder a viagem!

- Olha, um cara famoso que eu daria mesmo era o Aécio!

- Eu daria para o Robert Scheidt.

- Ei, este não é aquele que não tem uma perna?

- Ai, Daniel Oliveira? Ele deve ser tão mole!

- Se ele estivesse vivo e não fosse gay, eu daria para o Capote. Só pelo prazer intelectual.

- É óbvio que eu daria para o Paul, mas se eu pudesse escolher, preferiria o George.

- Ai, eu daria para qualquer canadense que falasse coisas bonitas no meu ouvido... "Fuck me"...

- Olha, tá certo que ele é velho, mas eu daria para o Marcos Paulo com certeza!

- É, eu também.

- Hmmm, eu também...

- Duuuh, todo mundo daria para o Chico!

- Eu daria para o Cary Grant, ou para o Humphrey Boggart.


- Ah, se eu desse para o meu ex-namorado já estava de bom tamanho!

- Puts, eu daria para o Sayid, de Lost. Ai, nem consigo prestar atenção na história quando ele aparece...

- Eu daria para o Zé Celso! Ele deve ficar doidão depois de uma peça!


por Amelie às 20:49 | 14 comentários

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*terça-feira, 13 de março de 2007

Uma das muitas sucursais de seu estabelecimento que o diabo tratou de abrir aqui na Terra está instalada no primeiro andar da Polícia Federal, aqui pertinho de casa, na Lapa mesmo.

Aproveito a oportunidade para abrir um parêntese: vocês já repararam que as únicas coisas que têm sucursal são os jornais e o inferno?

Fecha o parêntese.

Na sucursal do inferno em questão, são expedidos os passaportes. Aliás, péssima notícia para quem pretende deixar o país: é mais difícil do que parece.

Cheguei lá às nove da manhã, passei por uma fila com cerca de vinte pessoas só para entrar no prédio. Já na seção de emissão de passaportes, foram mais umas vinte pessoas até que eu conseguisse pegar uma senha. Lá pelas 9 e meia, finalmente eu tinha o meu número: 365. O painel eletrônico marcava 267.

Sentei na frente de duas mulheres. Uma senhora mais velha e uma moça que devia ter a minha idade. Parece que quem ia tirar o passaporte era a menina. Pessoas simples. Não sei para onde ia viajar. A menina falava do buraco de piercing que tinha na língua. Estava fechando, e ela estava planejando espetar um palito de dente, provisoriamente.

Levantei, fui beber água, sentei em outra cadeira. Do meu lado, um casal. A moça falava em experimentar seu vestido de noiva e da viagem que eles fariam. Ouvi Praga, mas não tenho certeza de que era para lá que eles iam. A moça, um pouco mais velha que eu. O moço, bem mais velho que eu. E feio como o cão chupando manga. Vai ver era o próprio, fiscalizando o andamento dos negócios. Lento. Ótimo. Levantei e fui no banheiro.

Sentei na frente de outro casal. Devia ser árabe. Podia não ser árabe, mas eu assumi que fossem. Falavam uma língua que eu não entendia. Levantei. Sentei do lado de um cara, sozinho, falando no celular.

Sentar ao lado de pessoas falando no celular é a melhor coisa quando você precisa passar o tempo. Você finge que está ali, olhando para o nada, e se diverte com a conversa. Esse era um prato cheio. Terminava uma ligação e já discava novamente. Trabalhava na EMI e ia para uma reunião em Miami. Coisa chique. O assunto dos telefonemas eram sempre os mesmos: wallpapers para celular do RBD, ringtones do Placebo, fotos de não sei quem. Quando todos os assuntos possíveis acabaram ele resolveu puxar papo comigo. Eu resolvi levantar.

Fui ao banheiro. Faltavam 5 números para eu ser chamada. O que, na escala da Polícia Federal, corresponde a uns 20 minutos. Voltei. Não tinha mais cadeira para sentar. Fiquei postada em frente aos guichês, batucando o pé no chão. Logo depois, fui atendida. Eram cerca de 11h40 da manhã.

Na saída, não sei se foi o sol escaldante, mas eu tenho certeza que vi um gringo conversando com um telefone celular. Não, ele não estava falando AO telefone, ele estava conversando COM o telefone.

Daqui 40 dias volto para pegar o passaporte. Que o diabo me ajude. Porque, neste caso, Deus é mera concorrência.


por Amelie às 19:44 | 9 comentários

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*sexta-feira, 2 de março de 2007

A cada semana, a Revista Veja nos brinda com uma nova e revolucionária chave para a longa vida. Se nesta semana, o trunfo é ingerir doses cavalares de suco de alho batido com casca de maçã e vinagre, na próxima é fazer meia hora de musculação e tomar uma dose vinho - tinto, só pode ser tinto - por dia. Até, claro, descobrirem que não é nada disso: vive mais quem tem pensamentos positivos, cria plantas carnívoras para alegrar, toma uma aspirina por semana ou faz tratamento creme de chocolate suíço e pílulas de pó de ouro.

Pois eu, só de raiva, vou continuar comendo três vezes o recomendado por dia de gordura trans, vou entupir minhas veias com mau colesterol e torcer para que o álcool de todas as doses de vodka que eu tomar as desentupa. Vou esturricar no sol até ficar com a pele ardida e, quando e somente quando, a a consciência pesar, vou passar filtro solar 2, vencido. Vou tomar 5 aspirinas no primeiro sinal de dor de cabeça e não vou tomar iogurtes funcionais pra regular meu intestino. Vou transar com quem eu quiser e sem camisinha, vou atravessar a rua descuidada, ouvindo MP3 no último volume, cantando e dançando desafinada, vou pra a balada, encher a carta e pegar carona com alguém ainda mais bêbado. Vou cair no golpe do sequestro por telefone e ter um início de enfarto. Vou comer cachorro quente, yakissoba, acarajé e churrasquinho grego na rua, com direito a três sucos, ainda por cima. Vou mandar tomar no cu aquela venha chata do meu prédio e foda-se que um dia feliz começa com um sorriso. Vou gastar toda a minha poupança acumulada, entrar no cheque especial, gastar mais do que posso, roubar mercadorias do mercado, ficar com o nome sujo na praça, lesar o imposto de renda e fugir do país pela fronteira com o Paraguai.

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Minha mãe traz toda a semana a Veja para casa. Estou começando a achar que isso é que não faz nem um pouco bem para a saúde.


por Amelie às 20:30 | 12 comentários

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