Lígia, 24 anos. A pior hora é quando eu lembro que tenho que entrar aqui e atualizar esse número mais uma vez.

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*segunda-feira, 25 de junho de 2007

I.
Recebi um dia desses um release falando sobre um projeto de uma fundação do tipo Ayrton Senna, não me lembro qual era. Por meio deste projeto, crianças e adolescentes carentes, estudantes de escolas públicas, eram selecionados e ganhavam bolsas de estudos nas melhores escolas de São Paulo, como o Bandeirantes e o Objetivo.

Antes de entrar de fato na nova escola, no entanto, os alunos continuavam na escola antiga e, em paralelo, participavam de uma turma de reforço para que pudessem alcançar o nível do novo colégio.

Os alunos eram indicados por professores das escolas em que estudavam. Exatamente: os professores que não estavam a altura de ensiná-los era quem devia escolher quais eram os merecedores ou não se sair daquele muquifo de escola. Por questões orçamentárias, no entanto, nem todos os participantes das aulas de reforço de fato ingressavam no novo colégio. Aqueles que não atingissem um nível satisfatório e que não pudessem acompanhar o novo ritmo voltavam para a escola de origem.

Que beleza, não? Várias crianças tiradas do limbo da escola pública para o privilégio das particulares, que só os que possuem 1.500 reais no banco, por mês, podem usufruir. Esses entrarão na universidade pública, serão reconhecidos profissionais, subverterão a cadeia da pobreza. Louvável projeto esse, não?

Os que não atingirem o nível esperado nas aulas de reforço? Bom, fazer o que, verba é verba. "Ops, achamos que você era um gênio, mas estávamos claramente enganados, quem sabe se você se esforçar mais da próxima vez".

II.
Por tantas e tantas, Atticus Finch é o meu herói. Para quem não conhece, ele o pai da Scout, personagem principal do romance e do filme "O Sol é Para Todos".

Numa das muitas releituras que já fiz do livro, me deparei com uma das minhas cenas preferidas.

Scout chega da escola revoltada, pois a professora mandou que não lesse mais por conta, enquanto não estivesse suficientemente alfabetizada por ela, e conta o quiproquó para o pai, com quem tinha o hábito de ler jornais e livros.

(Scout: menina curiosa e inteligente, porém que não conseguia compreender certas coisas do mundo adulto, tais como regras que não têm explicação. Professora: mulher de visão superficial e sem capacidade de compreender o universo infantil)

Aí o pai faz um pacto com menina: ela poderia ler o quanto quisesse em casa, desde que não deixasse a professora saber, para não criar um conflito - mais um - com ela. Esse seria o segredo deles.

O Atticus só não é mesmo o melhor pai do mundo porque o melhor pai do mundo é sempre o nosso.


por Amelie às 20:31 | 8 comentários

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